RELÍQUIAS

 

Como o colibri que beija as flores,

Seus lábios beijam os meus,

E o doce néctar que exalam,

Embriagam-me, provocando prazer.

Como o orvalho que brilha nos campos,

Refrescas meu corpo que queima,

Acalmando meu Eu que suspira,

Por carícias há muito sonhadas.

Sua presença faz meu peito arquejar,

Seu toque estremece o meu ser,

Ressuscitando instintos selvagens,

Que um dia julgara esquecer.

Impregnada por elétricas chamas,

Abro as páginas de um livro passado,

E revivo os doces momentos,

Que, como Fênix, das cinzas renascem.

Mais resistente que o diamante,

Mais forte que os elos de aço,

Assim é o amor que me assalta,

Num misto de passado e presente.

Guardarei para sempre no peito,

Como relíquias - as mais preciosas,

Os doces momentos vividos,

De encantos, prazeres, loucuras...

                    

14.01.2001