AH!
ITÁLIA
Um
sonho estou cultivando, O
de a Itália voltar, Mas
agora acompanhada, Daquele
que elegi como par. Começaremos
por Veneza, Que
é a capital, Das
óperas e madrigais, Do
amor e dos tristes ais, Das
alegrias e tragédias, Das
máscaras e do carnaval. E
ali, Numa
gôndola embarcaremos, Para
doces canções escutarmos. E
na Ponte dos Suspiros, De
um realejo a tocar, Ouviremos
a trajetória De
grandes amantes da História. Na
praça de São Marcos, Com
seus cafés nas calçadas, Veremos
nas janelas, Os
cantores de operetas E
também de Tarantelas. Depois
iremos a Florença, E
ali a Catedral, Vou
com ele visitar, E
o seu lindo Campanário, Em
fotos registrar. Percorrendo
a galeria, Da
famosa Academia, O
David de Miguel Ângelo, Obra
prima de um gênio, Vamos,
juntos, admirar. Em
Roma, Cidade Eterna, Na
Fontana di Trevi Uma
moeda vou jogar, Formulando
um pedido, Do
qual não posso falar, Por
ser esse um segredo, Que
almejo realizar. Veremos
as Sete Colinas, E
Santa Maria Maggiore, O
Vaticano, o Coliseu, E,
quem sabe, um museu. Sem,
contudo, esquecer, Do
imponente Moisés. Parla!
Parla! Disse
o Mestre quando o fez! Roma, Berço
da civilização ocidental, Rica
de tesouros artísticos, Espirituais,
Históricos, Roma
da Via Appia ornada, De
árvores seculares, E
da Venetto enfeitada, De
grifes as mais famosas. Em
Verona a Cidade De
Romeu e Julieta, Só
do amor vamos lembrar, Esquecendo
seu final, De
tanta tragédia e dor. Em
Sorriento que inspirou, “Vide
o Mare quanto é Bello”, Veremos
existe um elo Ligando
o anil do mar Ao
intenso azul do céu. Adiante
vislumbraremos, A
Ilha famosa de Capri, Jóia
preciosa conhecida, Como
“Pérola do Tirreno”. E
ao olharmos para o lado Vamos
nos deslumbrar, Com
a majestade do Vesúvio, Cujo
cume quase sempre, Está
de nuvens coroado. Da
Pompéia arrasada, Ira
Divina enviada, Pelas
lavas do Vulcão, Só
veremos as ruínas E
pedras pelo chão. Imprescindível
será, Irmos
a Siena, Assis, Pádua... Cidades
medievais, De
misteriosos segredos, Em
seus muros encerrados. Ah!
Itália! Itália
dos grandes amores, De
páginas plenas de dores. De
Catedrais imponentes, De
conventos, de beatas. De
Doges, de Cardeais, De
Marco Antônio e de Césares. De
Miguel Ângelo o escultor, De
Rafael o pintor. E
de outros grandes artistas, Que
registraram com as tintas Da
humanidade a memória. Itália
das roliças madonas, Que
encerradas em redomas, Parece-nos,
na verdade, Que
contemplam a eternidade. Ah!
Itália! Dos
vinhedos carregados De
uvas multicores, Dos
vinhos envelhecidos, Nos
barris e nos tonéis. Dos
famosos menestréis, Dos
castelos nos outeiros, Do
Arno e do Pó Que,
serpenteando, As
cidades vão cruzando. Das
Ferraris tão vermelhas, Que
de capotas arriadas, Parecem
voar nas estradas, Tentando
correr contra o tempo. Ah!
Nuestra Itália! Amore
mio! Per
favore! Signora!
Signore! Lavras, 2.2.2001
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