DESEJOS
INSANOS O
ser humano, freqüentemente, Vê-se
envolvido num torvelinho De
pensamentos, atitudes, sentimentos, Sonhos
insanos que brotam Não
se sabe de onde nem como, E
que, como gigantescas ondas, Vão
tomando conta do seu ego Em
todos os momentos do dia e da noite, Até
mesmo quando está dormindo, Pela
interferência dos loucos E,
na maioria das vezes, Inexplicáveis
sonhos que o invadem. Nessas
ocasiões diz palavras Que
jamais deveriam ser pronunciadas, Pois
dificilmente seriam compreendidas, Uma
vez que nem ele mesmo entende O
que está acontecendo com sua mente, Com
seu coração, com seu corpo. Melhor
seria que se calasse, Que
se voltasse para o seu interior, Esperando
que a onda perca sua força, Que
o equilíbrio seja restabelecido, Que
supere ou canalize para outras fontes Os
desejos irreais, que, Exatamente
por serem irreais, Não
são passíveis de concretização. Possuindo
ele a faculdade De
expressar seus sentimentos em poemas, Alguns
poderão entendê-lo nas entrelinhas, Outros,
entretanto, o tacharão de alienado, Fora
da realidade da vida. Na
busca incessante pela transformação Dos
seus anseios em realidade, O
ser humano, quase sempre, Deposita
suas esperanças, suas expectativas, “Num
outro” que, por sua vez, Também
tem seus pensamentos, Suas
atitudes, seus sonhos, sentimentos, Muitas
vezes díspares... No
entanto, não importa Se
sorrindo, se chorando, O
importante é que ele continue Buscando
o conhecimento de si mesmo, Sua
autotransformação, a perfeição E
a realização dos seus sonhos, Loucos
ou não, justos ou não, Possíveis
ou não. 25.06.2001 |