INSPIRAÇÃO Hoje
acordei com vontade de escrever um poema. Levantei-me,
de papel e lápis me armei. No
entanto, foi debalde que tentei... A
inspiração não tocou a minha alma. Peguei
um livro para ler, Mas
não consegui concentrar-me, Pois
só podia lembrar-me, Do
que é impossível descrever. Sentei-me,
então, ao piano, Seu
teclado dedilhei, Mas
as músicas que tanto amo, Nenhuma
delas toquei. Fui
passear no jardim, Visitar
as minhas flores. Sentir
o perfume do jasmim E
das rosas multicores. Busquei
inspiração nos canteiros, Na
horta e no pomar, Mas
os passarinhos, matreiros, Não
me deixaram pensar. Entrei
no meu carro e saí, Sem
destino, a procurar. Foi
então que entendi, A
inspiração não ia achar. Ó!
Bendita inspiração! Onde
é que tu te escondes? A
chamar-te está meu coração, Por
que não me respondes? Para
essa tal de inspiração, Não
encontro explicação, Surge
sempre de improviso, Sem
sequer dar um aviso. 9.2.2001
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