NAS ASAS DA IMAGINAÇÃO

Quando à noite me deito,

E o sono não vem,

Fecho os olhos e me vejo,

No alto de um monte além.

Olho à minha frente:

Vejo o verde do mar,

As ondas se quebrando,

Lá longe, no quebra-mar.

Devagar vem uma barca,

Trazendo muita gente.

Ouço seu apito...

Longo... estridente...

À esquerda mais dois barcos:

-        Um que vem, outro que vai -

Singrando a Baía.

E a igreja na colina? Com aquela escadaria?

Vejo as folhas dos coqueiros,

Das mangueiras, dos cajueiros,

Balançando ao vento, acenando,

Àqueles que vêm chegando.

Vejo a torre de uma Igreja...

Seu campanário, uma pracinha...

A  garotada, que gracinha!

Correndo prá lá e prá cá.

Ergo o olhar e vejo o céu,

Sem nuvens, “trincando” de azul!

Vejo um ponto pequenino...

É um avião que vem do Sul.

Mais à frente uma Metrópole,

Majestosa, que esplendor!

Um Mercado, um Elevador...

Cidade Alta... Cidade Baixa...

Aonde o pensamento me levou?

Adivinhou?

À Ilha de Itaparica!

Bem em frente a Salvador!

  20.04.2001