AMOR EFÊMERO

Momentos fugazes foram aqueles que vivemos,

Quando imaginei  (ah! Quão tonta fui!)

Que poderíamos recomeçar

A velha história de amor.

Não foram maus aqueles momentos

(ao contrário)

Até me inspiraram  “E Tudo se Repetindo”.

Mas depois... só restou o vazio - e que vazio.

Havia me esquecido do que te escrevi um dia:

“... a hora soou,  e com o adeus foi encerrado

Mais um capítulo do livro,

 Do livro da minha vida...”.

Vou reabrir aquele livro

E nova página escrever – pensei.

Porém, logo percebi que (como da outra vez)

Foi por mera fragilidade que me joguei em teus braços.

Compreendi então que tudo foi matéria

 (e matéria é sombra)

E eu busco a luz, a luz do verdadeiro amor

 - Que hei de encontrar.

Por isso, tomei u’a decisão:

Lacrei aquele livro e o joguei no fundo de um baú,

 Tranquei-o com sete chaves

E atirei-as no fundo de um rio (uma a uma).

22.06.2001