AMIGO Quando
o ser humano, Seja
ele homem ou mulher, É
abandonado por um amor, O
sentimento de rejeição que o invade Dói
imensamente, No
mais profundo do seu ser. No
entanto, com o passar do tempo, Com
o surgimento de um novo amor, A
ferida acaba se cicatrizando, Apesar
de que, sempre fica, Lá
no fundinho do seu coração, Uma
pontinha de mágoa. Mas
se é abandonado por um amigo, A
dor é incomensurável E
inexistem palavras suficientes Que
possam exprimir o que sente, Não
existem bálsamos miraculosos Que
lhe proporcionem alívio. Porque
um amigo, Um
amigo de verdade, Não
pode ser substituído por outro. O
amigo é somado a nossa vida, Ele
passa a fazer parte de nós, Em
todos os nossos momentos. Confiamos
nele - incondicionalmente, Abrimos
nossos corações prá ele, Contamos
os mais íntimos anseios, Mostramos
nossas fragilidades, Nossos
acertos, desacertos, Nossa
vontade de melhorar. E
é exatamente por isso Que
a sensação de abandono Deixa
um sentimento confuso. Começamos
a nos indagar: Onde
foi que erramos? Fizemos
algo que o desagradou? Falamos,
impensadamente, Alguma
cousa que o magoou? Ou,
quem sabe, Estará
ele com algum problema Do
qual não quer falar? Aí,
então, só nos resta Aguardar
os acontecimentos, Enquanto
vivenciamos a dor, A
mágoa, a perplexidade, A
saudade... 25.07.2001 |