Por detrás do champagne
Gege Duas
taças de cristal Contendo
o puro âmbar Do
champagne, Elevam-se
no ar. Tocam-se, São
levadas aos lábios, Abaixam-se
suavemente, Em
gestos Aparentemente Indolentes. Nos
olhares trocados Por
cima das taças, No
momento do brinde, Há
uma pergunta Que
não é formulada E
há uma resposta Que
jaz silenciosa. É
o momento indelével De
sentimentos escondidos De
segredos não revelados. Mas, na muda troca de olhares, Ficam
gravadas as palavras Que
não são pronunciadas E
jamais o serão. E
as taças se transformam Em
inabalável trincheira Que
aos dois defende Das
poderosas garras Do
amor Que
se percebe Deseja
se instalar. Itaparica, 10.12.2001 |